sábado, 22 de janeiro de 2005

Foi criada o Clube da Diáspora...de onde sairá os futuros líderes de Cabo Verde

É com grande prazer que anuncio aqui a criação do Clube da Diáspora, um clube que reune alguns amigos estudantes caboverdianos. Esses amigos tem a particularidade de serem todos do ISCSP-Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas- e estarem todos preocupados com o seu futuro e com o futuro da nação caboverdiana. Na sua segunda reunião (por motivos de força maior não pude comparecer na primeira reunião), debateu-se a questão da passagem de Cabo Verde dos países menos avançados para a categoria dos países de desenvolvimento médio, um grande passo rumo ao desenvolvimento e uma prova viva da capacidade do povo das ilhas mas também um desafio aos caboverdianos face a tudo aquilo que esta ascensão representa.
Esta reunião do dia 21 de Janeiro foi muito proveitosa e deu-me a perceber o quanto dinâmico pode ser o caboverdiano. Temas como a falta de uma sociedade civil em Cabo Verde que pressione mais o Governo, a despartidarização da máquina do Estado e das Instituições Públicas, o estabelecimento de parcerias de cooperação com países africanos mas também do resto do mundo, a criação e manutenção de uma boa governação, a criação da universidade de Cabo Verde que possibilitaria um escoamento dos excedentes de alunos que, após concluirem o 12º ano de escolaridade têm poucas perspectivas de continuar os estudos face as dificuldades de ingresso no enisno superior e o respectivo financiamento foram temas que estiveram em debate tendo como pano de fundo aquilo que representa esta ascenção, um passo em frente rumo ao desenvolvimento sustentável mas também uma demarcação clara de Cabo Verde face a muitos países africanos.
Outro tema discutido foi o investimento directo estrangeiro e as suas implicações em Cabo Verde no que toca a qualificação da mão de obra.
Eu há muito que não tinha visto tanto empenho nas coisas das ilhas por parte dos estudantes caboverdianos. Fiquei emocionado com tudo aquilo que ouvi e que podemos fazer juntos.
Um dos meus sonhos era ver o clube prosseguir com as suas actividades no regresso a Cabo Verde por parte dos seus membros. E se conheço os membros do clube, é algo que vai acontecer, que tem pernas para andar.
Depois das pôr as ideias em movimento lá fomos beber uns copos e lembrar a infância e a adolescência. Foi muito bonito!
As reuniões do Clube da Diáspora ficarão registadas em actas e tudo aquilo que for lá discutido será objecto de discussão e estará ao alcance de todos através da criação de um site ou blog onde todas as semanas serão lançadas as traves mestras da discussão.
Quem quizer dar uma achega ou fazer um comentário sobre os temas pode faze-lo por enquanto aqui no meu blog ou através do meu mail:evandro81@portugalmail.pt ou delgadoevandro@hotmail.com.
Força Clube da Diáspora, iniciativas dessas pecam por serem escassas no seio estudantil caboverdiano e não só. Quando aparecem, só temos de nos congratular e dar a força necessária.
Qua a paz esteja convosco e que o mundo vos dê aquilo que vocês merecem!!!

domingo, 9 de janeiro de 2005

Usar as coisas como deve ser...não que eu seja perfeito...mas

Há algo de diferente em andar de transportes públicos. Têm o seu quê de peculiar, de único. As situações que uma pessoa é levado a assistir são...muito...nacionais...ou não. Não sei mas vou cá relatar alguns que já presenciei.
No outro dia vinha na carreira 50 da CARRIS, no percurso Oriente-Algés e lá perto de Linda-a Velha dá-se algo de insólito mas ao mesmo tempo...doloroso. Uma mulher que, ao querer sair na próxima paragem, levantou-se antes e começou a falar ao telemóvel, tendo na outra mão dois sacos de compra, ou seja, não estava a segurar em nada, estava indefesa. De repente o condutor faz uma travagem brusca porque um camelo resolveu aparecer a frente dele quando não tinha prioridade. Eu só vejo a mulher a "voar" literalmente com os sacos e o telemóvel. Ela caiu no chão da camioneta, ficou com algumas escorriações e o corpo todo dorido, para não falar nas compras espalhadas no chão e do telemóvel que quase desaparecia. Bastava estar sentada no lugar e esperar que a camioneta parasse e nada daquilo teria acontecido.
Outra coisa que atrofia muito o pessoal é o novo sistema de validação do passe da CARRIS. A validação do passe faz-se, fazendo passar, DEVAGAR(ATENÇÃO, DEVAGAR!!!) o passe pela zona de validação, que não é propriamente em cima mas em baixo daquela "coisa" amarela e esperar que faça o som respectivo. Não é passar o passe a correr mas, devagar e esperar que faça "ppiiiii". As pessoas teimam em não fazer assim e passar o passe a correr como se aquilo fosse propriamente um radar de alta potência.
No outro dia no eléctríco 15, dos novos, senhor já com umas gramas de álcool no sangue queria sair do dito eléctrico. Só que o homem não tocou no sinal para abrir, como tal a motorista (era uma mulher- muito perigosos!!!! não sou machista) vendo que não havia gente na paragem, seguiu em frente. O homem "passa-se" da cabeça e volta para a motorista( como se ela fosse ouvir!!!) e diz: " Abra a porta se faz favor, caralho! Abra a porta, pá! Abra a porra da porta se faz favor!Abra a porta se faz favor, seu filho da puta!"
Foi de partir o "coco" a rir. Eu lá aguentei até que o homem saisse para depois rir a vontade. Mas o "se faz favor" e o "filho da puta" foi muito a frente...

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Serei um ...Garfield????

Esta questão tomou-me de assalto há dias em plena casa de banho quando me preparava para lascar a cara(fazer a barba com uma navalha de barba, daquelas que o meu avô usava e que a qualquer movimento menos conseguido tens metade da pele da cara a cair). Terminado que está uma formação que estava a fazer e como só tenho uma cadeira para completar o curso ( pensam que é fácil mas não é - sinto saudades das aulas!!!), dou comigo sem fazer nada. Sem fazer nada é como quem diz, não ter um horário fixo ou algo para fazer todos os dias. É bom no início mas depois começa a ser monótono e cansativo não ter uma tarefa específica. Não sou nenhum Garfield: não sou gordo (muito pelo contrário, sou um trinca-espinhas), não vivo a custa de ninguém, não sou assim tão egoísta, se bem que adoro dormir até tarde e detesto que invadem o meu espaço.
Entrei naquela fase em que um jovem começa a procurar emprego. É maçador ter de escrever cartas de apresentação, elaborar o curriculum pois nunca se sabe o que se há de la pôr.
Ultimamente tenho andado preocupado e seguido o quanto posso a catástrofe que abalou a Ásia nestes dias. É impressionante o que a ONU conseguiu juntar em tão pouco tempo em termos de ajuda humanitária: a quantia em si é tanta ou mais do que a ONU consegue angariar durante um ano para as ajudas humanitárias. Impressionate! Impressionante também é a Dulce Ferreira. Passo a explicar: é uma gaja que apareceu do dia seguinte a tragédia na SIC a ser entrevistada numa reportagem e disse umas barbaridades e a malta agora anda a bater nela que nem fizeram com o Santana Lopes. Eh pá, ela disse o que pensava. Ela não tem culpa de ser ignorante. Ninguém tem. A culpa é dos outros!
E já agora tenham um Bom Ano, com muitas coisas boas, façam boas acções, dêm moedinhas a aquela velhinha que está no metro a pedir, não façam coisas parvas e não partem o comando da TV só porque a equipa adversária marcou um golo ou o Sokota não marcou aquele golo fácil.
Amem-se e respeitem-se!!!