domingo, 28 de janeiro de 2007

Nasceu o Clube Desportivo São Pedro Apóstolo

O Vale da Garça ganhou nome no futebol caboverdiano. A fundação do Clube Desportivo S. Pedro Apóstolo marca o início daquele que se espera vir a ser o verdadeiro espelho do talento que nasce nas colinas, ribeiras e chãs da freguesia de São Pedro Apóstolo.
Formado exclusivamente por jogadores que os saopedrenses viram nascer, o clube ganhou asas federadas em 2005. O histórico Rosariense apadrinhou-lhe a sua estreia em embates de gigantes, e mais do que o resultado (4-2 favorável a equipa da Povoação), foi a experiência e a emoção de se bater com os grandes, num processo de aprendizagem que tem vindo a ser alargada, sempre com notas altas, segundo o escrutíno dos resultados. Senão vejamos: no teste com o Rosariense, passou com nota positiva, apesar da derrota 2-4. Outro exame se seguiu, agora frente aos Imparáveis da Ponta do Sol, tendo São Pedro goleado os homens da ex-Vila Maria Pia por 6-2, sinal da capacidade ofensiva e enorme talento, mesmo em terreno inimigo. No teste a seguir, frente as selecções de Povoação, Ponta do Sol, Costa Leste, Ribeira da Torre e Vale da Ribeira Grande. Nessa prova as equipas foram divididas em dois grupos, tendo São Pedro conquistado um honroso 3º lugar na final do Torneio. Outro teste se seguiu, agora no Sul da Ilha, frente ao Marítimo do Porto Novo, tendo a equipa da casa vencido por 2-1.
Face as dificuldades económicas, os dirigentes resolveram não participar na edição deste ano do Campeonato Regional de S. Antão-zona Norte, deixando que o colectivo marcasse presença apenas na Taça do Município da Ribeira Grande.
O Boletim Informativo R´Bera dá voz, uma vez por mês, as façanhas dos jovens de Cruzinha, Chã de Igreja,Mocho, Figueiras, Ribeira Alta e Garça frente aos grandes emblemas do futebol santantonense, onde o talento, o querer e a força do Vale de Garça vai ganhando asas, rumo aos melhorias dias.
Saudações sãopedrenses...

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Um modelo de desenvolvimento



Cabo Verde continua nas bocas do mundo. Agora foi a vez do prestigiado diário francês Le Monde dedicar algumas das suas páginas ao arquipélago, rotulando as ilhas de uma "excepção feliz", num continente marcado pela instabilidade política, sida e miséria. Ao fazer uma análise do estado do mundo, o Le Monde, no seu anuário, lança a seguinte questão:"Qual é o chefe de Estado africano que não gostaria de dirigir Cabo Verde?". O jornal francês sublinha que Cabo Verde está na vanguarda dos países mais ricos do continente africano, com um PIB per Capita de 1340 dólares em 2006, uma esperança média de vida de 69 anos, não obstante a hostilidade da sua situação geográfica. As palavras do Le Monde não ficam por aqui:"Com uma inflação inexistente e uma saudável gestão das finanças públicas, Cabo Verde pode contar com o turismo ou as pescas para as suas receitas" e deverá ser "um dos raros países africanos a concretizar os Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento".

Tudo isto que o Le Monde constatou não deixa de ser verdade. Mas o caminho para o desenvolvimento e igualdade entre todos está longe de ter um fim e parece cada vez mais difícil de percorrer. A vontade de todos, aliada as capacidades do caboverdiano em ultrapassar situações inóspitas, serão factores decisivos para alcançar as metas que todos nós almejamos.


Já agora, a começar por dar escoamento ao grande número de licenciados que estão desempregados. Há que colocar essa mão-de-obra excendentária. Destinos atractivos dentro do continente não faltam, de preferência pela África lusófona. Mas Timor também pode ser a solução...

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Fuga para a liberdade...


Em Inglaterra, Glen Jonhson, emprestado pelo Chelsea ao Portsmouth, foi apanhado a roubar um tampa de sanita numa loja. O lateral direito colocou a referida tampa numa caixa de outro produto com um preço mais baixo. O delito foi descoberto pelo segurança da referida loja, sendo mais tarde interrogado pela polícia. Teve de pagar 120 euros de multa. O jogador levava ainda um conjunto de torneiras, escondidas dentro de um lavatório.
Cá em Portugal aconteceu algo semelhante.
Ricardo Rocha, central do Benfica, foi apanhado no aeroporto de Lisboa, a tentar fugir de Portugal . O benfiquista, ex- Braga, levava consigo um boião de gel, uma escovoa de dentes, e ainda umas postas de bacalhau para o amigo Manuel Fernandes.
A polícia descobriu e, juntamente com Luís Filipe Vieira e Fernando Santos, conseguiram travar a fuga. O central levava ainda dentro da mala Simão Sabrosa, aconchegado entre um cachecol do Liverpool e um casaco de pele falsa.
Como medida de coacção, os dois encontram-se a treinar ao lado do Luisão, Beto, Moretto e Marco Ferreira.
No caso de Ricardo Rocha, o castigo foi agravado. O defesa terá de fazer dupla com Luisão nos jogos do Benfica. O jogador ainda recorreu para tentar reduzir a pena mas Fernando Santos manteve a decisão de primeira instância.
De Inglaterra e não só, chegaram vários votos de solidariedade. Entre eles, destaque para o de Manuel Fernandes que deu o seguinte conselho ao ex-bracarense: Eh pá, arranja aí uma inguinal, uma lesão qualquer e pede para ser tratado pelo Rodolfo Moura. Eles depois não terão outra alternativa a não ser deixar-te sair".

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Banalidades e anormalidades dos últimos dias

Este fim-de-semana e hoje incluído, houve vários acontecimentos em termos de futebol, uns normais, outros , nem por isso:
  1. O FC Porto regressou as vitórias na 1a Liga: NORMAL
  2. Hugo Viana jogou pelo Valencia e, pior, marcou um golo: ANORMAL
  3. O Chelsea de Mourinho voltou a vencer em Inglaterra e com goleada: NORMAL
  4. Drogba e Ronaldo voltaram a facturar em Inglaterra: NORMAL
  5. O Barcelona, sem Deco, perdeu na Liga Espanhola: ANORMAL
  6. O Sporting empatou em Belém, não jogando a ponta de um corno: NORMAL
  7. O Sevilha perdeu no Sanchez Pijuan, para a Liga Espanhola: ANORMAL
  8. O Benfica venceu com um golo em fora-de-jogo e com um penalty perdoado: NORMAL

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

«Se vencermos o F.C. Porto, não descemos de divisão», diz Neca


Vencer o FC Porto tornou-se sinónimo de permanência na respectiva divisão, sínónimo de grandeza.

A culpa disto tudo é do FC Porto: perdeu com o Atlético para a Taça em casa e agora todos pensam que podem vencer os dragões, assim sem mais nem menos. No próximo domingo, tudo regressará a normalidade: O Aves enche a capoeira e todos voltam a ajoelhar-se perante a força do dragão.

A propósito do jogo contra o Atlético, relembro aqui o que disse Co Adriaanse, após derrota em casa frente ao Artmedia, na época passada: "Em 10 jogos com o Artmedia, ganhamos 9". Não ganhou 9 porque viria a empatar o último deles, num campo que era de tudo menos de futebol.

Reafirmo agora o pensamento do holandês: em 10 jogos com o Atlético, ganhamos 9, onde quer que seja. Vencer o FC Porto não dá permanência nenhuma, são os mesmos 3 pontos que se conseguem quando se ganha uma equipa treinada por Luis Camp(a)os. Não dá direito a mais nada.
Querem ver que o Atlético não ganha esta semana aos que são do seu campeonato??? Não se iludam! Concentrem apenas nos que são do vosso campeonato! Jogam com o FC Porto porque o calendário assim o determina. Mas não pensem que podem ganhar. Por pensar que vão ganhar é que perdem (este pensamento é do Mourinho). Pensam em poupar esforços para vencer os que são do vosso calibre: isto é para o Neca e para a malta do Atlético. Podem até sonhar em derrubar o dragão. Mas entre sonhar e conseguir realizar o sonho, vai uma diferença, daqui até até Porth Elisabeth a pé.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Já tinha avisado: não se metam com o Machado!!!

Machado e Cardoso andaram a porrada...verbal após a Briosa ter eliminado os homens do Sado. A polémica instalou-se depois da Académica ter marcado um golo onde dois jogadores do Setúbal chocaram um com o outro, deixando a bola a mercê de Gyano, que, naturalmente, fez golo. Heis o diálogo:




- Cardoso: "Houve falta de fair-play no primeiro golo. Os dois jogadores podiam até estar mortos e nem assim o jogador da Académica [Gyano] atirou marcou o golo. Gyano aproveitou o choque entre os dois jogadores do Vitória para marcar um golo e isso é inaceitável, estou chocado com esse comportamento. Deveria ter jogado a bola para fora para que ambos fossem
assistidos".
Machado respondeu:

-"Quando se atira a bola para fora é para que a assistência
aos jogadores seja prestada o mais rapidamente possível.
E foi o que o Gyano fez. A assistência não se atrasou nem
um segundo pelo facto de a bola ter entrado. Ele colocou
a bola fora, só que entre os postes. Se não se perdeu
tempo, não vejo razão que sustente a observação do meu
digníssimo colega". Lindo, Machado...

Há um filósofo na 1ª Liga


No futebol há dois tipos de treinadores: os que tem formação académica e conseguem ter um discurso mais ou menos aceitável nas conferências de imprensa, e os provenientes do futebol, jogadores medianos que decidam partilhar o que aprenderam com a nova geração. Quando estes últimos decidam falrr de bolal, usam o calão ou futebolês, articulam mal as palavras, no fundo, são uns broncos em português.

Na 1ª Liga, há um técnico com formação distinta destes todos. Falo-vos de Manuel Machado, mister da Briosa, que percorreu o Minho, de Moreira de Cónegos (grande época) ao berço da Nação. No Vitória minhoto, após uma primeira volta desastrosa e quando soube que no final da época teria de procurar outra "colectividade", Manuel, de Machado em punho, levou os homens da Cidade-berço a conquista de pontos por este Portugal fora, onde havia equipas militantes da Liga maior, qual D. Afonso Henriques, até atingir um honroso 4º lugar e respectiva UEFA.

Rui Alves, engenheiro de profissão, presidente de ocasião, viu neste filósofo com cara de morsa, o cubano ideal para comandar as tropas nacionais da Madeira, rumo a Europa do futebol.

Machado, com meia equipa a cheirar a picanha e a caipirinha, cumpriu: Nacional na UEFA, e quase imbatibildiade na Choupana.

Machado é diferente. Se tivesse feito uma época à Luis Campos, teria ficado na Madeira. Mas ganhou asas e poisou em Coimbra, para leccionar a cadeira de Filosofoa do futebol. Encomendou os manuais, perdão, jogadores necessários e prometeu elevar o nome da Académica aos ouvidos da UEFA. Luta neste momento para não defrontar o Moreirense e o Vitória de Guimaraões na próxima época, colectividades que já representou.

Machado é e sempre foi diferente. Nunca reclamou treinar um grande, nunca assentou arraiais nas colectividades que levou a UEFA. E nunca cortou o bigode, como vários treinadores que tem vindo a separar-se desse adorno tão português, tão lusitano, tão...latino.

Machado tem um trato diferente. Que ninguém se meta com ele! Porque é derrotado na hora. Se não for em campo, será na conferência de imprensa. Se não for na sala de imprensa, será outro dia qualquer, quando lhe aparecer um repórter a frente.

Machado amigo, vai em frente. O Mourinho há-de pedirt-e os teus apontamentos. É só cortares o bigode para que sejas reconhecido como treinador de futebol.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

O Sr NBA

João "Betinho" Gomes pode estar a caminho da maior liga de basquetebol do mundo. A confirmar-se, será um passo de gigante deste caboverdiano que abandonou as ilhas com 17 anos e partiu para Portugal, dando seguimento ao seu processo de aprendizagem no basquetebol. Indiscutível no cinco base do Barreirense, clube da margem sul do Tejo que foi resgata-lo a Cabo Verde após um Torneio da Lusofonia onde ele brilhou, o jovem de 21 anos adquiriu a nacionalidade portuguesa, o que lhe tem valido vária chamadas a selecção portuguesa de basquetebol.
Betinho nasceu na ilha do Fogo, o seu basquetebol cresceu muito em S. Vicente. Agora, as portas da NBA podem ser abertas para este jovem. Se se confirmar, será um enorme orgulho para a nação caboverdiana.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Ofereço imunidade a quem afastar o Joaquim Ritta da Sport TV

Já não aguento ouvir o Joaquim Ritta a comentar jogos na Sport TV. O HOMEM É MAU DE MAIS. Quando pensávamos que tudo tinha sido inventado na arte de comentar a bola pelo Gabriel Alves, eis que nos surge o Joaquim Ritta para dar cabo dos jogos na TV. Ele é "profunidade atacante", é "consistência defensiva", é " ocupação espacial", é "capacidade de gestão de bola", é "capacidade de penetração" e um leque alargado de expressões importadas para o futebol que só complicam. Mais do que falar muito (e como fala) é o inventar de expressões, como que a dizer "eu sei muito de futebol". Ainda por cima comenta quase todos os jogos do Chelsea (haverá aí algum acordo???).
Daí que tenha passado a ver os jogos do Chelsea sem som. É duro, sem sal, mas mais vale sem som que com as bacoradas do Joaquim Ritta.
O José Marinho, vá la, aguenta-se porque é cómico e tem sempre textos excelentes. Mas o Joaquim Ritta É UMA BOSTA.