sexta-feira, 8 de abril de 2005

Se o Homem sonha...a obra nasce...Deus é grande!!!

A selecção caboverdiana de futebol consegui no passado dia 26 de Março colocar mais de um milhão (sim, somos mais de um milhão, embora só tenhamos 500 mil nas ilhas) de pessoas em delírio, a sonhar muito alto com a possibilidade de apuramento da principal equipa de futebol para a fase final do campeonato do mundo a realizar no próximo ano na Alemanha. A razão de toda a histeria a volta da selecção está o segundo lugar que ocpupa no grupo de apuramento na zona africana, a dois pontos da África do Sul. Este sonho é ainda mais alimentado pelo facto de Cabo Verde receber no próximo jogo a África do Sul em casa, na cidade da Praia e caso vença ( a crença de um milhão), assume a liderança do grupo, dependendo só de si para apurar para a Copa do Mundo de Futebol.
Se isso acontecesse seria com certeza o país com menos habitantes a apurar para uma fase final de um campeonato do mundo de futebol.
Apesar de todas as dificuldades para juntar todos os futeblistas que militam em vários escalões do futebol português mas também em outros países europeus como a Holanda onde a comunidade caboverdiana é muito grande, o seleccionador tem conseguido reunir um grupo de trabalho fantástico que, a custa do talento das ilhas e da capacidade do caboverdiano de se superar a si próprio e as conjunturas em que se encontra, tem conseguido alimentar com grande estoicismo as esperanças caboverdianas no futebol nacional.
Este sonho de todos nós brota nos pés e na velocidade de Cafú(Boavista F.C.), na inteligência de Lito do Moreirense, na inspiração de Caló, na força de Gabey, Jimmy e Sandro (Vitória de Setúbal), na experiência de Zé Piguita, Bubista, Nélson Veiga e na astúcia e saber do seleccionador nacional Alexandre Alhinho.
Não fosse a intransigência de alguns clubes portugueses em libertar os atletas para os estágios de preparação da selecção, neste momento poderíamos estar com um grupo mais forte com atletas como Dos Santos do Benfica, Rolando e Pelé do Belenenses, Nélson do Boavista entre outros.
Mas enquanto o mar, enraivecido, vai tentando derrubar a pouca terra que nos resta e as lestadas e as pragas vão roubando sorrisos no rosto dos camponeses, o sonho vai comandando a vida de um milhão de pessoas: o sonho de um povo que ousou sonhar alto.
Esperemos que em caso de queda, estejamos preparados a aterrar em solo macio. Já sofremos o nosso quinhão...

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