sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

O mundo em transformação...

Hábitos seculares que durante muitos e muitos séculos foram tidos como a imagem de marca de muitas instituições estão a cair em desuso. E uma das instituições que mais tem sofrido com os "ventos de mudança" é a Igreja. Há cada vez menos gente a frequentar e a participar nas actividades da igreja católica. E para piorar as coisas, há também menos gente a casar pela igreja. A concorrência aperta e a estretégia de marketing seguida pela Instituição Igreja já deu o que tinha para dar neste mundo globalizado. E os concorrentes não lhe dão tréguas. Os últimos a "roubarem" clientes a Igreja são os aeroportos...Pois é...AEROPORTOS.
Na Suécia, terra de loiras altas e "bouas", há um aeroporto que tem sido de local de eleição para muita gente dar o nó. Perto de Estocolomo, no Aeroporto de Arlanda, no ano passado 488 casais se unirem pelo sagrado matrimónio, mais 140 do que no ano anterior. Que vantagens é que há em um "gajo" escolher um aeroporto como local para dizer aos amigos e familiares que acabaram as noites de engate (não quer dizer que ele tenha que ter só uma mulher dali para a frente...estamos em pleno século XXI)? Depois dos comes e dos bebes e dos vivas e das repetir as palavras do padre (como se fosse rspeita-las...ehehehe), vai ao balcão ali a esquina, faz o check in e entra no avião rumo ao Benim ou ao Djibuti para passar a lua-de-mel/fel (podia dizer Canárias, Curaçao, Caraíbas, outros paraísos mas deu-me vontade de escolher alguns países mais pobres do mundo). Há até uma capela no aeroporto que vai facilitando ainda mais as coisas, e também uma sala VIP onde os noivos podem pedir os serviços de catering e o champanhe.
O que davga jeito era fazer um casamento num dos comboios da linha de Sintra em plena hora de ponta.
"Vai dar entrada na linha nº 2 o comboio suburbano com destino a Sintra. O referido comboio efectua parages em todas as estações e apeadeiros do percurso. Pede-se aos Srs passageiros o favor de não usarem as carruagens 3, 4 e 5, a não ser que estejam munidos dos respectivos títulos de transporte (neste caso, convite pa boda)". Isso é que era... A malta da Amadora, Damaia e afins, ao saberem da cena, passariam a VIPs na festa e aquilo acabava em dois tempos... ou adquiria verdadeira animação...

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