terça-feira, 3 de janeiro de 2006

Um problema chamado Mahmud Ahmadinejad

O Mundo ocidental enfrenta um novo drama, nascido na região perto do Médio Oriente, local de eleição de emergência de conflitos ao longo da história da humanidade. Depois de, há uns anos atrás, o Irão ter pedido ajuda aos EUA para resolver um problema chamado Saddam Hussein e ter encontrado nos Norte-Americanos um aliado de peso para afastar aquele que ameaçava a liberdade e a independência do país, desta vez o "rancho" de Bush e os seus aliados é o inimigo. Tudo isto porque nos últimos anos tem emergido no Irão um homem, da ala mais radical do regime islãmico, cuja ascensão e declarações têm colocado a sociedade civil ocidental sobre alerta máxima.
Depois de eleito, contra todas as expectativas, presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, proferiu declarações que não foram bem recebdias pelos chefes de estado ocidentais, pelo teor e pela gravidade das mesmas. O líder iraniano escolheu como alvo dos seus ataques o Estado de Israel. A gravidade da situação está nas suas palavras para com Israel. Ahmadinejad colocou em causa o holocausto nazi, manifestou o desejo de ver Israel fora do mapa do Médio Oriente ou que, pura e simplesmente, desaparecesse.
As reacções não tardaram e vieram dos quatro cantos do mundo. O Vice Chanceler alemão Muntefering pediu à ONU e a UE "consequências políticas" para o Irão, partindo da premissa de que "aquilo que é dito pode ser um dia desejado e ralizado". E chegou até a surgir a ideia de a selecção iraniana de futebol ser afastada do Mundial de 2006, proposta prontamente afastada por Joseph Blatter (não se deve misturar política com futebol). E isto porque o Irão reactivou o seu programa nuclear através do enriquecimento de uranio empobrecido e pode a qualquer altura apresentar-se munido de armas nucleares.
Esta medida iraniana está a colocar em sentido a comunidade internacional e o mundo em alerta maxima, a juntar ao problema do terrorismo internacional.
A reacção dos EUA não foi tão firme quanto aquela que se esperava. Quando se tratou de invadir o Iraque e garantir dessa forma, o controle de uma zona rica em petróleo, os EUA nem esperaram pela resolução da ONU: avançaram, com apoio dos seus aliados históricos e derrubaram o regime de Saddam, sob pretexto de haver armas de destruição massissa produzidos pelo "ditador". Não encontraram nada, e mesmo assim fizeram o seu "trabalho": garantiram que o regime a ser colocado no poder fosse aliado dos EUA. Já no caso do Irão, as provas existem e pela voz do seu presidente mas a América não está disposta a entrar em guerra com o Irão neste momento: já lhes basta a frente que abriram no Iraque e da caça a Ben Laden. São dois pesos para duas medidas, o que demostra bem o medo dos EUA face a este novo árabe e anti-israel, muito mais poderoso que o outro.
Esperemos que as palavras de Mahmud não passem disso mesmo: de palavras!!!

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