terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Expliquem lá isso, Srs. Cartaxanas (Rui e João)

O Sr Rui Cartaxana, figura de prova do jornalismo desportivo português, tem manisfestado nos últimos tempos, um anti-portismo, ou melhor, uma azia a tudo o que diz respeito ao Porto, que me tem diexado preocupado. Pergunto se ele, na sua coluna"Provedor dos leitores" onde ele escolhe uma das cartas que recebe, como sendo a "Carta da semana" ou então com a "Foice seara alheia".
É que de há uns dias para cá que o homem só fala no FC Porto. Pergunto, não haverá neste país outras questões mais preocupantes na tribo do futebol que não sejam só as dos dragões? Para Cartaxana não. E passo a explicar. No "Provedor de leitores" de 2ª feira dia 30 de Janeiro, ele aborda a questão da dimensão dos clubes mas na "Carta da semana" escolhe uma que fala do FC Porto e da guerra entre a direcção do clube e a claque Super Dragões. Nada de anormal na abordagem. A mesma coluna mas no dia 6 de Fevereiro volta a falar na questão das claques, mais propriamente sobre os Superdragões, aludindo ele que as claques tem tanto poder hoje em dia como os próprios dirigentes. E vai mais longe. Afirma ele que as claques de hoje em dia servem para negociatas dos seus lideres e para insultos e violência nos estádios. Concordo com a segunda parte da questão.
Para não bastar há outro Cartaxana, o João, que também não perde tempo em atirar-se ao Porto. Deve ser de família. Na sua pequena coluna "Prolongamento da jornada", aborda hoje a tática de Adriaanse contra o Braga e as suas opções técnicas. E diz ele que Adriaanse errou ao fazer entrar Bruno Alves. Errou porquê? Por querer segurar avantagem? Por querer ele estancar o jogo aéreo do Braga que ness altura estava a jogar com dois ponta-de-lanças, muito fortes no jogo aéreo e muito altos? Por querer responder com quatro defesas aos quatro atacantes do Braga, que já estavam com dois homens na área do Porto e ainda dois extremos muito bons e a cruzar bolas para a área? Devia el baixar o Assunção, com os seus 1,77 metros, para marcar o Kim, com 1,90 metros? E se sofresse um golo do Kim, marcado de cabeça, num lance com Paulo Assunção? Culpariam Adriaanse por não ter medito um outro central para fazer frente ao jogo pelo ar do Braga. Mas tinham que encontrar um defeito nas suas opções. É sempre assim. Tem que haver um defeito. O FC Porto não ganhou por manifestas incapacidade dos jogadores na zona de finalização e porque o Paulo Santos fez uma exibição enorme, evitando o golo do Porto por várias vezes.
A culpa é sempre do treinador quando não se ganha. E quando se ganha, a culpa é do génio do jogador.
Estes jornalistas quando apanhados numa onda de criticar, inventam tudo e mais alguma coisa para ir na onda do momento e criticar quem está a se-lo. Há sempre um motivo: opções técnicas, métodos de treino, palavras, gestos, tudo vale.
O exemplo é o Koeman que há coisa de uma semana era o maior e em apeans sete dias passou de bestial a besta e já houve quem falassem em crise na Luz? Crise? Mas qual crise? Porque crise?Não percebo estes gajos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro CaboBoca,

gostei dos seus últimos posts futebolísticos, tem demonstrado que também sabe discuir os assuntos do futebol sem ligar à vozinha desenfreada do portista exacerbado que parecia viver em si noutros textos.

O FC Porto foi de facto muito superior ao Braga este fim-de-semana e mostrou que os adeptos têm de ser mais coerentes, têm de apoiar o treinador e a equipa porque lideram o campeonato com 5 pontos de vantagem, jogam um futebol agradável e atacante e não defendem as vantagens mínimas.

A opção pelo Bruno Alves só tem um senão - ele é o pior jogador do FCP e um dos piores centrais que o clube teve nas últimas décadas. O Jorge Costa jamais faria aquela grande penalidade, seria sempre uma melhor opção para estes casos, trazia uma voz de comando e a experiência que falta claramente à defesa e balneário portistas.

Mas o Bicho já não treina de azul e branco. E porquê? Porque o Porto ainda é gerido segundo uma mentalidade de opressão e interesses pessoais. O Jorge Costa, tal como o Baía, e porque não referir até o Costinha, eram há dois anos os símbolos de um FCP forte, inultrapassável, autoritário em campo, dominador. Chegou o ocaso das suas carreiras e lentamente a sua influência começou a extravasar as quatro linhas e a impor-se aos gabinetes da torre das Antas. Solução? Afastá-los. Como? Transferindo-os. De que modo? Através da pressão e opressão.

Vejamos: Costinha fez um contrato fabuloso na Russia, admitiu ser o contrato da vida dele mas também fez questão de mencionar as gigantescas cargas de ombro que sofreu de um grupo de wiseguys de trazer por casa - os SuperDragões. Ameaçaram-no, insultaram-no, pressionaram-no, tal como haviam feito ao Derlei (ameaçado de morte), ao Mourinho (idem aspas) e outros.

Jorge Costa confundia-se com o clube, jamais seria alvo de ameaças da Claque do Porto - foi então sumariamente afastado da equipa, sem explicações do treinador, acabando por ser transferido também sumariamente para terminar a carreira na Bélgica, imagine-se.

E agora o Vitor Baía. Situação idêntica à de Jorge Costa, mas com maior dificuldade do treinador para justificar o seu afastamento (Não que o tenha feito...). O sr. Guarda-redes-ideal-para-a-selecção-filho-adoptado-do-Pinto-da-Costa
comete um erro (e apenas um) num jogo com o Estrela e salta para o banco... Defende-se que o Helton merecia a oportunidade, que se não era então o que é que o pobre brasileiro haveria de pensar, jamais chegaria ao 11 e iria deixar de se aplicar. E agora o que pensam todos os jogadores do FCP? Que ao mínimo deslize saltam para fora do 11, sejam importantes na equipa ou não.

Ou Adrianse tem dupla personalidade e vai alternando o treino com o seu alter-ego, o Co, ou então há aqui Dedo do Papa.

Tudo isto para afirmar apenas uma coisa: é incrível como se assiste a uma tentativa de homicídio perpetuada pelos soldados da justiça portistas, com very-lights (veja-se que subtiliza) à mistura, e apenas se escreve um comunicado em que se retira, em teoria, o apoio à claque... Incrível. Porque não toma Pinto da Costa uma p+osição pública sobre o assunto?

Porque o Papa, que colocou até a segurança da sua companheira nas mãos desses soldados, não enjeita uma mãozinha no futuro.

E agora não venham dizer que os dirigentes dos SuperDragões conduzem Porches porque têm dinheiro para tal.

Parece que só os sportinguistas é que não têm homens de negro.

E assim se vive o futebol em Portugal: ainda não li ou ouvi um portista comentar esta questão dos SuperDragões. Vergonha ou orgulho?

Manuel Mouro

ESD disse...

Obrigado pelo comentário.Admito que as vezes fico furioso e solto em mim o dragão injustiçado. É que eu não suposrto injustiças, nem de um lado nem de outro. E não percebo a antipatia dos jornalistas portugueses para com os treinadores holandeses.Todos erram, quando ganham até que são bons mas quando perdem, são umas bestas. São sempre os treinadores a pagar as falhas dos seus atletas. Não suporto isso.
Já agora continua a visitar a página e a comentar...caso haja tempo para tal.
Obrigada