segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Eleições Presidenciais em Cabo Verde


Um amigo meu, muito patriota, falava sobre as eleições presidenciais em Cabo Verde e expressava receios legítimos de quem vê as coisas de fora, de quem conhece um pouco a realidade política de Cabo Verde.
Eu também partilho desse medo. E porquê o medo? Porque concorrem dois candidatos, um apoiado pelo partido vencedor das últimas eleições legislativas e actual Presidente da República, Pedro Pires, e outro apoiado pelo partido da oposição, principal derrotado nas eleições legislativas de Janeiro, cujo presidente é um incendiário, com manias de perseguição, e que não perde uma única oportunidade para lançar a instabilidade política no arquipélago.
Carlos Veiga, apoiado pelo Movimento Para a Democracia, ex-Primeiro-ministro e derrotado nas últimas eleições presidenciais por poucos votos, quer a vingança pela derrota de há 4 anos atrás. E tem boas possibilidades de vencer. O medo que grassa na alma dos caboverdianos é o mesmo que atacou Portugal quando se deu conta que Cavano Silva podia vencer as eleições, o que veio a suceder. O facto de o Presidente eleito e apoiado pelo partido da oposição, poder entrar em clivagens com o Governo e desencader uma crise política, leva muitas pessoas a questionar a forma de Governo e se é saidável que haja um Governo e um Presidente commorigens distintas.
Eu penso que não. Carlos Veiga tem maturidade suficiente e tino mais do que necessário para não o fazer, a bem do crescimento do país e para o seu próprio bem, já que isso serviria para limpar um pouco a sua imagem, afectada pela forma como saiu do cargo de Primeiro Ministro e pela forma como geriu a privatização de algumas empresas em Cabo Verde. Os tempos são outros e Agostinho deve moderar as suas palavras, para que o partido que dirige tenha resultados diferentes nas próximas eleições legislativas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Esta é a grande questão...Saber se por um lado Veiga terá, em caso de vitória, sabedoria suficiente para poder interpretar, a bem da estabilidade que o país precisa, aquilo que são os poderes e os deveres do PR, ou se estará a pensar que a sua hipotética eleição significará uma desforra e, portanto, tudo fazer para dificultar a acção governativa do PAICV, facto que significaria instabilidade política e governativa por auquelas bandas.É que as pessoas falam em democracia e esquecem que não estamos a falar de algo abstrato...Em caso de vitória de veiga, podemos conciderar que agora sim...agora é que a nossa democracia vai enfrentar a sua primeira verdadeira prova de fogo...
porem devemos confiar nos homens que tem dirigido os destino das ilhas nos últimos trinta anos...acredito que devemos confiar...

vavalandia disse...

Lá estão estes gajos a especular! De quando em vez dou comigo a pensar...será que existe política a sério neste país?! será? Bom, no dia 12 todos sabemos que vamos lá, mais uma vez, repetindo o cenário de há 5 anos( Que monotonia né?) escolher "o menos pior" para todos os caboverdeanos! Mas..apesar de tudo insisto em acreditar que algum dia teremos maturidade suficiente para decidir que afinal não somos estúpidos e deixar que estes gajos continuem com esta barbaridade e ainda dizer que "as eleições em Cv são um exemplo de maturidade democrática", são sim um exemplo de habilidade criminosa...enfim! Ainda descobrem o meu paradeiro..estes GAIJOS Pa! so tchorod!